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Quase 6 milhões de famílias brasileiras não tiveram acesso à internet no ano passado. Isso representa cerca de 7,5% dos domicílios do país. Em comparação com 2022, eram 6,4 milhões de domicílios sem nenhum tipo de conexão com a rede. É o que aponta o novo levantamento sobre Tecnologia da Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgado hoje pelo IBGE.

Entre os principais motivos pra esse cenário é a falta de habilidade pra usar a conexão (33,2%) e o alto custo do serviço (30%). A pesquisa ainda destaca que, em 4,7% dos lares desconectados, os moradores afirmam que a internet não está disponível na região onde moram.
Por outro lado, a internet é utilizada na maioria dos lares brasileiros. No ano passado, 72,5 milhões de domicílios (92,5%) tinham acesso à rede, representando um aumento de 1 ponto percentual em relação a 2022. Foram mais de 164 milhões de brasileiros online em 2023, ou seja, 88% da população com dez anos ou mais conectada, o que representa um novo recorde.
O celular segue sendo o meio de acesso mais usado, por quase 99% das pessoas, seguido pela televisão. Mas o IBGE observou um crescimento na contratação da internet banda larga no país. O percentual dos que usavam internet móvel foi de 81,2% em 2022 para 83,3% em 2023, enquanto o acesso à internet fixa, como o Wi-Fi, aumentou de 86,4% para 86,9% no mesmo período.
No ano passado, mais de 31 milhões de lares tinham assinatura paga de streaming de vídeo. Na comparação com 2022, quando o IBGE levantou esse dado pela primeira vez, houve queda no índice de lares com esse serviço. O percentual passou de 43,4% pra 42,1% em 2023.
Outra realidade são as “casas inteligentes” – mais de 11 milhões de lares com internet no Brasil já contam com algum tipo de assistente virtual controlando aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, geladeiras e lâmpadas.