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Novamente a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) foi palco de uma discussão entre deputados, nesta segunda-feira (14) o tema que gerou troca de farpas foi a campanha de vacinação de crianças e adolescentes em escolas paranaenses. Os parlamentares Luiz Claudio Romanelli (PSD) e o Ricardo Arruda (PL) bateram boca por terem opiniões distintas sobre o assunto.

Para Romanelli, a campanha de vacinação ajuda a cuidar da saúde das crianças e está baseada em regras de órgãos competentes. Entretanto, além de defender a campanha em escolas públicas e privadas, o deputado do PSD aproveitou para contestar a divulgação de ‘informações falsas’ sobre o tema em grupos de mensagens.
“Não é possível que se faça campanha permanentemente contra a saúde pública, não é para isso que alguém é eleito deputado estadual, não é para trabalhar contra interesse público. Porque trabalhar contra a saúde das nossas crianças é trabalhar contra o interesse público. Tanto o secretário da saúde quanto o da educação trabalham sob as regras do Ministério da Saúde, do Plano Nacional de Imunização, da Anvisa. Não é possível que a gente fique o tempo todo, é grupo de whatsapp, é narrativa, é fake news de manhã, de tarde e de noite”, declarou Romanelli em discurso na Alep.
Na sequência, Ricardo Arruda assumiu o microfone e repudiou a campanha de vacinação em escolas. O deputado alegou que quem autoriza este tipo de ação deveria ‘se responsabilizar pelas mortes e efeitos colaterais’. Confira a fala.
“Se ele responsabiliza, se ele acha boa a vacina, ele que se responsabilize pelas mortes e efeitos colaterais em crianças. Isso aqui não é brincadeira, isso não é palanque político. Isso não é questão ideológica, isso é questão de ouvir a ciência. Nós temos que parar com essa palhaçada”, explanou Arruda.
Enquanto Arruda discursava, o deputado Romanelli tentou pedir a palavra e chegou a chamar a postura do colega de bancada de “genocídio”.
Vacinação em escolas
Uma parceria entre as secretarias da Educação (Seed) e da Saúde (Sesa) iniciou nesta segunda-feira (14) uma força-tarefa para vacinação em escolas do Paraná, públicas e privadas. O objetivo é atualizar as carteiras de vacinação e reforçar a proteção contra diversas doenças.
A campanha visa ampliar a imunização entre crianças, adolescentes e jovens matriculados nas 7.392 escolas públicas de educação básica das 399 cidades, além das 500 escolas associadas ao Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) em todo o Paraná. Outras escolas particulares também podem participar da ação. Ao todo, são cerca de 2,4 milhões de estudantes apenas na rede pública de educação básica.
A iniciativa seguirá até ao dia 31 de maio e as programações para as aplicações das doses ficarão a cargo do planejamento dos estabelecimentos de ensino e das equipes de saúde, respeitando as particularidades de cada um. A meta é atingir as coberturas vacinais para Influenza, Febre Amarela e Covid-19 e ainda o resgate para a vacina HPV. Os alunos também poderão atualizar outras vacinas, como a pentavalente, pneumocócica 10, poliomielite e DTP. Elas previnem, entre outras doenças, coqueluche, difteria, tétano e hepatite B.
A imunização será feita dentro das instituições de ensino e está condicionada à assinatura do termo de consentimento pelos pais ou responsáveis. Eles também vão poder acompanhar o processo presencialmente nas instituições de ensino.