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Um grupo de caminhoneiros brasileiros está isolado em cidades do Chile e da Argentina, por conta de uma forte nevasca que atingiu a região na última quarta-feira (25). Os motoristas estão nas cidades de San Salvador de Jujuy (ARG), Paso de Jama (CHI) e São Pedro do Atacama (CHI), e aguardam a liberação da rodovia CH-27 para seguir viagem e retornar para casa.
A região mais afetada pela nevasca é Paso de Jama, na fronteira entre o Chile e a Argentina. Alguns caminhoneiros conseguiram retornar até San Salvador de Jujuy, a cerca de 300 km, onde existe uma comunidade com uma estrutura melhor. Outros motoristas, que já estavam do lado chileno, foram resgatados e levados para São Pedro do Atacama, onde recebem suporte das autoridades do país.
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Altitude e baixas temperaturas:
Entretanto, os caminhoneiros que permanecem em Paso de Jama enfrentam mais dificuldades, com uma altitude superior a 4 mil metros e temperaturas que chegam a -17°C. A previsão das autoridades locais, é que a rodovia permanecerá interditada até o dia 7 de julho, como forma de garantir a segurança dos motoristas.
Os motoristas que já haviam atravessado a aduana, em direção ao Chile, na manhã de quarta-feira (23), foram resgatados e levados para a cidade de São Pedro do Atacama. O paranaense Vanderlei Bado, de Matelândia, está entre os caminhoneiros salvo pelas autoridades chilenas.
“Meu caminhão está preso na nevasca, que ninguém esperava no momento. Foi uma coisa que veio do nada, aconteceu na quarta-feira. Por volta das 14h a nevasca começou, surpreendeu todos os caminhoneiros e basicamente eu parei umas 14h e pouco, porque não tinha mais condições, não se via mais nada. Tinha caminhão atravessado na pista, uma van com turistas”, recordou Vanderlei, que agora está em uma pousada com suporte das autoridades chilenas.
O paranaense ainda destacou que no dia da nevasca, um grupo de quatro brasileiros pediu abrigo no caminhão. No dia seguinte, todos foram regatados. “Quatro brasileiros pediram ajuda para passar a noite no caminhão, eu deixei, eram de São Paulo. Ficaram comigo até o momento do resgate no dia seguinte. Na sequência levaram os caminhoneiros”, completou.
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Nevasca – Como estão os caminhoneiros brasileiros:
Atualmente, o caminhoneiro Vanderlei está em uma pousada, mas antes recebeu atendimento médico e hidratação. O motorista destacou o carinho e dedicação do povo chileno.
“O povo chileno foi excepcional, fora de sério. Eles tiveram preocupação, deram tratamento no hospital, um povo muito preocupado em cuidar de todo mundo. O resgate foi uma coisa fora do sério, mexeu muito com a gente. Foi um atendimento maravilhoso, sem explicação”, finalizou Vanderlei.
Outro grupo com cerca de 100 caminhoneiros está na cidade de San Salvador de Jujuy, na Argentina. Os motoristas conseguiram retornar quando a nevasca começou e permanecem em postos, próximo a uma comunidade.
“O local que nós estamos é nas proximidades de San Salvador de Jujuy, e tem bastante caminhão e motorista. Estamos a cerca de 300km do Paso de Jama, só aqui eu calculo entre 80 e 100 caminhões. Aqui não temos problema com altitude, temos mercado próximo, só desengatar o caminhão e ir até o mercado. Então não estamos passando necessidade. Só a espera que é demorada e cansativa”, comentou Cristiano Martins, que é natural de Foz do Iguaçu.
