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No sufoco e com três gols de Dyego, o Brasil venceu a Ucrânia por 3 a 2 na semifinal da Copa do Mundo de Futsal 2024 nesta quarta-feira e avançou à final, algo que não acontecia desde 2012. A seleção brasileira disputará o hexacampeonato mundial neste domingo, ao meio-dia (no horário de Brasília), contra Argentina ou França. A adversária será decidida na outra semifinal, nesta quinta-feira, também ao meio-dia.
Foi um jogo muito duro, de longe o mais difícil para o Brasil até aqui nesta Copa do Mundo. Mais objetiva e com ótimo volume de jogo, a Ucrânia terminou o primeiro tempo vencendo por 1 a 0. No retorno do intervalo, a seleção brasileira conseguiu marcar dois gols em dois minutos para garantir a virada. Em um erro na saída de bola brasileira, a Ucrânia empatou e aumenta ainda mais o drama da partida. Em cobrança de tiro livre devido à sexta falta ucraniana, Dyego fez o terceiro dele e garantiu o 3 a 2 e a classificação para a decisão.
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– É uma semifinal de Copa do Mundo, então o emocional tem que estar equilibrado. Emoção e razão têm que estar equilibrados para a gente tentar executar as coisas bem. Durante a competição, a gente não saiu atrás do placar e, hoje, a gente saiu atrás, mas soubemos ter calma, tranquilidade e não sair do plano e do propósito que a gente tinha de jogo. Conseguimos ampliar o placar. Eles empataram. E depois a gente conseguiu matar o jogo no gol do Dyego. Esse grupo está de parabéns. Merecia estar na final. A gente lutou muito para estar aqui – disse Arthur em entrevista ao sportv depois do triunfo na semifinal.
Resumo do jogo
O duelo começou truncado, mas com a Ucrânia tendo mais posse de bola e volume. O Brasil até fez a primeira finalização, aos 4 minutos, com Ferrão em uma jogada individual. Ele fintou em cima do marcador e bateu forte. Daí em diante, os ucranianos passaram a oferecer maior perigo.
Se Arthur aproveitou uma bola que sobrou na defesa ucraniana para carimbar a trave, Mykytuik fez o mesmo segundos depois.
Essas duas bolas na trave, uma para cada seleção, foram o retrato do equilíbrio, com ambas as seleções buscando jogo e tendo boas oportunidades.
O primeiro gol, brasileiro, saiu na marca de 10min41 restantes. Mas acabou anulado pela arbitragem em uma revisão em vídeo pedida pela Ucrânia.
No lance, Arthur fintou o marcador, puxando a bola da direita para o meio, e bateu forte. O goleiro Sukhov defendeu e largou. Lino aproveitou a bola caindo em quadra para tirá-la do ucraniano, puxou para a direita e estufou a rede. Mas os árbitros consideraram que a bola estava sob controle do ucraniano e anularam o gol.
A Ucrânia se manteve muito bem postada na defesa, impedindo a evolução brasileira, e chegando com volume ao ataque, com vigor físico e objetividade.
Na reta final do primeiro tempo, a seleção da Ucrânia perdeu o seu capitão, Shoturma. Em um ataque brasileiro, Marlon caiu em cima do joelho do ucraniano, em uma lesão aparentemente série. Shoturma saiu de maca, deitado de bruços.
Mesmo com o susto, a Ucrânia manteve o volume e abriu ao marcador com menos de 3 minutos restantes. Cherniavskyi puxou para o meio e bateu forte no canto direito do goleiro Willian, deixando o Brasil atrás do placar pela primeira vez na Copa do Mundo.
O primeiro tempo da semifinal com a Ucrânia vencendo por 1 a 0, mesmo chutando menos. Foram 25 chutes brasileiros, sendo sete no gol, e 20 ucranianos, dos quais seis ao gol.
O segundo tempo começou muito diferente do primeiro, com o Brasil logo aliviado a pressão do resultado adverso. Com menos de 1 minuto, Dyego driblou o adversário na esquerda e chutou rasteiro para empatar o placar.
A virada veio no minuto seguinte. Pressionando logo na primeira linha, a seleção brasileira roubou a bola da Ucrânia. Rafa cruzou e Dyego, de frente para o goleiro, não conseguiu na primeira tentativa, mas completou de cabeça na segunda e fez o gol.
Mesmo com a virada, a Ucrânia não se entregou e continuou apresentando ótimo volume de jogo, chegando ao ataque diversas vezes, algumas delas com perigo, inclusive carimbando a trave brasileira.
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Aos 11 minutos restantes, a Ucrânia obteve o empate em uma saída de bola errada da seleção brasileira. Korsun pegou passe errado, tabelou e bateu para o gol.
Mais habilidoso com a bola nos pés, o goleiro Guitta entrou para aumentar as opções de ataque do Brasil, que passou a ter mais posse de bola e a recorrer ao brilhantismo individual de seus jogadores diante da retranca ucraniana. Só que a Ucrânia, nas jogadas que fazia, era bem mais objetiva, assertiva e perigosa.
Restando 7 minutos, a seleção ucraniana teve uma das oportunidades mais claras de gol do segundo tempo. Zhuk dominou bonito o lançamento do goleiro e bateu para o gol, com o goleiro brasileiro fazendo a defesa. No rebote, Zvarych carimbou a trave.
Faltando 4 minutos, a Ucrânia teve uma falta perto da área brasileira, mas desperdiçou a chance. Na roubada do Brasil, Melynk cometeu falta, a sexta dos ucranianos, o que deu tiro livre para a seleção brasileira. Na cobrança, Dyego marcou o terceiro dele e do Brasil.
Restando 2min25, a Ucrânia recorreu à tática do goleiro-linha para aumentar para cinco os jogadores no ataque. O Brasil segurou a pressão, em um jogo dramático e sofrido, para assegurar o 3 a 2.