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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (11) que destinará R$ 58 bilhões para a digitalização da indústria até 2026.
O setor produtivo, por sua vez, promete investir R$ 85,7 bilhões até 2033 na digitalização das empresas.
Os anúncios foram feitos em cerimônia de novas metas para digitalização de empresas e investimentos para indústria, que fazem parte da carteira da Nova Indústria Brasil, do Mdic (Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
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Da parte de recursos públicos, haverá financiamentos como do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do Ministério de Comunicações, com R$ 30 bilhões.
Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Basa (Banco da Amazônia), BNB (Banco do Nordeste) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) também devem investir.
Do total de quase R$ 60 bilhões, apenas a parte da Finep será a fundo perdido, pela característica da instituição.
A fundação, por exemplo, investirá mais de R$ 5 milhões em projetos. Já o BNDES investirá cerca R$ 30 milhões. A Embrapii investirá R$ 420 milhões.
Mas a maior parte dos recursos, segundo Alckmin, virá da sanção da lei das TICs (mais conhecida como lei da informática), que cria o programa Brasil Semicon, de semicondutores: R$ 21 bilhões em crédito financeiro.
No setor privado, as associações que investirão e que participaram da reunião no Planalto são: ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), com anúncio de R$ 34,8 bilhões de investimentos; a ABISEMI (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores), com R$ 24,8 bilhões; a P&D Brasil (Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação), com R$ 16 bilhões; e a Amazon, com R$ 10,1 bilhões.
Nem o governo nem as empresas detalharam como será feito esse investimento no setor privado, em geral ligados a incentivos previstos na Nova Indústria Brasil ou outros programas governamentais.
Para todos os critérios de digitalização de empresa, o governo elencou seis tecnologias consideradas relevantes para a transformação digital: serviços em nuvem, ERP/CRM, Big Data, robôs de serviço, internet das coisas e inteligência artificial.
Neste contexto, o ministro Geraldo Alckmin também anunciou uma nova meta. Antes, propunha que 90% das empresas estivessem digitalizadas até 2033, mas com o cumprimento de apenas um dos critérios acima. Agora são duas metas: 50% das empresas até 2033, mas com três dos seis critérios, e 25% delas já digitalizadas em 2026.
“É isso que garante crescimento sustentável da economia com geração de emprego e renda. Então hoje um grande dia a promulgação da lei e o anúncio de novos investimentos”, disse Alckmin a jornalistas no Planalto.
LEI DA INFORMÁTICA É SANCIONADA
Além disso, o presidente Lula sancionou durante o evento a prorrogação da lei das TICs, mais conhecida como Lei da Informática.
Esta última prevê incentivos adicionais aos produtos desenvolvidos com tecnologia nacional, com porcentuais maiores para regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Dentro dos investimentos públicos também, o BNDES anunciou ainda uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para data centers no Brasil. Para projetos nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de juros é a partir de 6,13%. Demais regiões, a taxa a partir de 8,5%.