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Quase três anos após sua morte, Marília Mendonça segue ocupando um lugar de carinho entre os brasileiros. Em lista divulgada pela Pro-Música e o IFPI, as entidades representantes da indústria fonográfica brasileira e mundial, estão reunidas as 200 faixas mais ouvidas em 2023.
“Leão”, lançada de maneira póstuma por Marília, é a primeira da lista. A faixa faz parte do álbum “Decretos Reais”, que chegou ao streaming em maio de 2023. Foi o primeiro trabalho póstumo da cantora, que deixou um repertório pronto antes de morrer.
O top 10 da lista é, de maneira geral, dominado pelo sertanejo. Em segundo e terceiro lugares aparecem duas representantes do gênero, Ana Castela e Simone Mendes. As duas únicas faixas que não são do gênero nas primeiras posições são “Lapada Dela”, dos pagodeiros do Grupo Menos É Mais com Matheus Fernandes e “Tá Ok”, de Dennis e Kevin o Chris.
A música internacional foi pouco consumida em 2023 pelos brasileiros. Segundo a Pro Musica, 93,5% das 200 faixas mais ouvidas são nacionais. A melhor posição ficou com “Flowers”, single de Miley Cyrus, que ocupa a 43ª posição.
Ana Castela também é um dos grandes destaques da lista. A boiadeira, como é conhecida pelo público, chegou ao mercado da música em 2022, quando a faixa “Pipoco”, em parceria com Melody, começou a viralizar. Em 2023, ela emplacou 16 músicas entre as 200 mais ouvidas do país. A melhor colocada, “Nosso Quadro”, está na segunda posição.
A FORÇA DO STREAMING
Outro dado revelado pela pesquisa é o crescimento do mercado fonográfico brasileiro em relação à média global. O país atingiu R$ 2,8 bilhões em seus valores totais, o que representa um crescimento de 13,4% em relação ao ano anterior. O Brasil ocupa a 9ª posição no ranking mundial da IFPI.
Esse crescimento vem sendo impulsionado pela força do streaming, que representa 87,1% do consumo dos usuários. Segundo Paulo Rosa, presidente da Pro-Música, trata-se de um fenômeno que tem espaço para se expandir ainda mais.
Para ele, o crescimento do mercado brasileiro ficou parado durante os anos 1990 por conta da pirataria. Esse aumento no consumo — que acontece pelo 7º ano consecutivo — é resultado da força do digital. “Nos anos 1990, os países da América Latina foram afetados pela pirataria. Isso fez com que o mercado fonográfico dessas regiões, incluindo o Brasil, encolhesse muito. Até a chegada do digital. O streaming, rapidamente, se tornou esse formato dominante de distribuição de música”.
O streaming, segundo Paulo, também é uma forma de democratização do consumo de música. “Todas as pessoas que deixaram de comprar um CD, agora conseguem ouvir música de maneira mais fácil. Existem as assinaturas mensais e, em contrapartida, o usuário tem acesso a toda e qualquer música do planeta”. Ele reforça que o brasileiro nunca deixou de consumir música, mas ter um canal mais direto com isso fez com que o mercado explodisse.VEJA A LISTA DAS 10 MÚSICAS MAIS TOCADAS EM 2023:
1 Leão – Marília Mendonça
2 Nosso Quadro – AgroPlay & Ana Castela
3 Erro Gostoso (Ao Vivo) – Simone Mendes
4 Bombonzinho (Ao Vivo) – Israel & Rodolffo, Ana Castela
5 Seu Brilho Sumiu (Ao Vivo) – Israel & Rodolffo, Mari Fernandez
6 Oi Balde (Ao Vivo) – Zé Neto & Cristiano
7 Lapada Dela (Ao Vivo) – Grupo Menos É Mais & Matheus Fernandes
8 Tá Ok – Dennis & Mc Kevin o Chris
9 Traumatizei – (Ao Vivo) Henrique & Juliano
10 Duas Três – Guilherme & Benuto, Ana Castela & Adriano Rhod