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O número de crimes de ódio relatados em escolas e faculdades quase dobrou entre 2018 e 2022, de acordo com dados divulgados na última segunda-feira (29) pelo FBI, a polícia federal americana.
No ano de 2022, foram relatados cerca de 1.300 crimes de ódio em escolas primárias, escolas secundárias e faculdades, em comparação com 700 em 2018, representando um aumento de aproximadamente 90%. Essas informações constam no relatório emitido pelo governo federal, que é o primeiro sobre o assunto.
Os afro-americanos foram as vítimas mais frequentes, com um total de 1.690 crimes de ódio relatados ao longo do período de cinco anos. Em segundo lugar ficaram as pessoas LGBTQIA+, com 900 crimes, e em terceiro lugar, os judeus americanos, com 745 crimes. As estatísticas englobam crimes contra estudantes ou outras pessoas dentro de prédios escolares e campi.
Embora as autoridades do FBI não tenham dado uma explicação para o aumento dos números de ocorrências de crimes de ódio, é importante ressaltar que o sistema educacional do país passou por um alto grau de politização durante o período abrangido pelo relatório.
Após o assassinato de George Floyd em 2020, um movimento nacional chamou a atenção para o racismo em todos os aspectos da vida americana, incluindo as escolas, o que pode ter levado a um aumento nas denúncias. Por outro lado, também houve uma forte reação a esse movimento, o que pode ter motivado alguns crimes de ódio.
O período abrangido pelos novos dados termina em 2022, e é de grande interesse para muitos educadores e formuladores de políticas que estão analisando como a guerra entre Israel e o Hamas abalou os sistemas escolares do país. Desde o início do conflito, em outubro, houve um crescimento dos relatos de crimes de ódio.