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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso, durante a Assembleia Geral da ONU, com recados a Donald Trump, afirmou que agressão ao judiciário brasileiro é “inaceitável” e condenou “falsos patriotas” e a possibilidade de anistia a quem ataca a democracia.

Ele também afirmou que a democracia e a soberania brasileiras são “inegociáveis”.
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O Brasil, representado pelo presidente Lula, é tradicionalmente o responsável pelo discurso de abertura do debate de líderes da agência, que está em sua 80ª edição neste ano.
A fala de Lula ocorre no dia seguinte à nova rodada de sanções do governo americano a cidadãos brasileiros como reação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com o tarifaço, é o pior momento das relações entre Brasil e EUA nas últimas décadas.
“Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia reconquistada há 40 anos pelo seu povo depois de duas décadas de governos ditatoriais”, disse Lula.
“Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia. Agressão contra a independência do poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa das antigas hegemonias”, completou o petista.
ONU – Fala de Lula sobre condenações:
O petista afirmou ainda que “falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil”. “Não há pacificação com impunidade”, emendou.
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“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, acrescentou Lula.
O discurso desta terça (23) ocorre no dia seguinte ao anúncio pelo governo Trump da revogação do visto americano do advogado-geral da União, Jorge Messias, e da sanção financeira com a lei Magnitsky a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

