CBN
Das 46 escolas municipais no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, pelo menos 24 não vão abrir nesta sexta-feira (30), por causa da operação que vem acontecendo há dias nas comunidades da região e que, nessa quinta-feira (29), terminou com a apreensão de mais 822 kg de drogas dentro de uma escola municipal e uma Clínica da Família.
A informação sobre o não funcionamento dessas 24 unidades municipais de ensino nesta sexta foi confirmada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio. Essa foi a segunda vez em menos de uma semana que drogas são encontradas em unidades escolares na região.
Desta vez, os entorpecentes foram descobertos na Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva e na Escola Municipal Lino Martins da Silva, ambas na Comunidade da Nova Holanda, com o apoio dos cães farejadores.
As drogas estavam escondidas em vigas de telhados e dentro de vãos nas paredes. Além disso, um fuzil e três carregadores também foram localizados na comunidade. O secretário de Educação do município, Renan Ferreirinha, falou da gravidade da situação:
“É um absurdo que criminosos não respeitem um local sagrado que é uma escola. Pela segunda vez, drogas escondidas por criminosos dentro de uma escola na Maré. Fica aqui o nosso repúdio, da Secretaria de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro, por uma situação como essa; e um clamor que respeitem as nossas escolas, que respeitem os nossos profissionais e professores que trabalham incansavelmente pelo futuro das nossas crianças”.
A Polícia Militar informou que em onze dias de operações integradas, em apoio às ações da Secretaria de estado de Polícia Civil e da Prefeitura, a Polícia Militar apreendeu cerca de quatro toneladas de drogas no Complexo da Maré.
Essas operações, de acordo com as forças de segurança do estado, tem como objetivo combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas nas regiões da Nova Holanda e do Parque União. Segundo a polícia, vários prédios na Maré foram construídos com recursos do tráfico.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que as drogas não estavam dentro das instalações da Clínica da Família e que “a unidade fica em um terreno compartilhado por outros imóveis com características semelhantes, com acesso à área externa por qualquer pessoa”.