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A violência doméstica cresceu 34,4% no último ano no Paraná. De 17,7 mil casos em 2022, o dado saltou para 23,8 mil em 2023 — de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024. Para combater e minimizar o impacto da violência doméstica na vida das vítimas, um município do Paraná, com o apoio do Ministério Público Estadual, criou um projeto que ampara financeiramente as mulheres.

As vítimas de violência doméstica de São João do Ivaí, no norte do Paraná, poderão contar com a ajuda do projeto “Mãos que Acolhem”. A iniciativa inclui o fornecimento de diárias em hotel, refeições, passagens de transporte coletivo intermunicipal, atendimento psicológico e encaminhamento para outros serviços da rede de proteção às vítimas. As ações são realizadas imediatamente e de forma gratuita.
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O programa é resultado da atuação do Ministério Público do Paraná no município. E conta com o apoio do Conselho da Comunidade, Poder Judiciário e a Polícia Civil.
Como funciona o projeto:
As vítimas de violência doméstica, atendidas na Delegacia de Polícia de São João do Ivaí, podem receber até três diárias em hotel. Esse benefício é para as mulheres que não queiram ou não possam voltar para a casa após a denúncia de violência. Vale lembrar que, de acordo com o Anuário de Segurança Pública, 64,3% das vítimas de feminicídio no país foram mortas na própria residência.
Para que essas vítimas tenham um conforto a mais, o programa também prevê o oferecimento de refeições e passagem para outras cidades — caso as mulheres queiram sair do município para a própria segurança. Além disso, a iniciativa inclui atendimento psicológico e encaminhamento para outros serviços da rede de proteção da cidade.
Os benefícios do programa também são estendidos para os familiares que estejam envolvidos no caso, como filhos, por exemplo.
Penas em dinheiro ajudam Ministério Público do Paraná a manter o projeto
Conforme o Ministério Público do Paraná, o programa “Mãos que Acolhem” é mantido com recursos de pagamentos feitos ao órgão por penalizações em dinheiro. O MPPR descreve que esses pagamentos, além de evitarem que investigados e denunciados sejam submetidos a processos criminais, permite que os valores sejam revertidos a projetos que beneficiem os paranaenses.