Por Bloomberg — Nova York
O Spotify vai cortar cerca de 1.500 pessoas ou 17% do número de funcionários. É a terceira vez neste ano que o serviço de streaming faz demissões. A empresa já havia feito um corte de aproximadamente 6% da sua força de trabalho em janeiro e outros 2% em junho. As ações subiram até 2,5% ante da abertura das Bolsas em Nova York.
Os funcionários afetados serão notificados nesta segunda-feira e se reunirão com a equipe de recursos humanos até o fim do dia de terça-feira, informou a empresa em comunicado.
As ações atingiram US$ 185,15 no pré-mercado nesta segunda-feira. Os papeis do Spotify haviam fechado em queda de 2,4% na sexta-feira, a US$ 180,69.
Embora o gigante do streaming de áudio esteja em ritmo acelerado para adicionar mais de 100 milhões de usuários este ano, seu maior ano até agora, e a empresa tenha relatado um raro lucro no último trimestre, o CEO Daniel Ek disse que o Spotify ainda está gastando demais. ¨Ainda temos muitas pessoas dedicadas a apoiar o trabalho e até mesmo focar em torno dele, em vez de contribuir para oportunidades com impacto real”, disse Ek no comunicado. “Mais pessoas precisam se concentrar em oferecer resultados para nossas principais partes interessadas – criadores e consumidores.”
Há muito tempo a empresa vem perdendo dinheiro devido aos termos dos contratos de licenciamento com os detentores de direitos autorais. Ela gastou bilhões de dólares em podcasting para diversificar seu modelo de negócios, mas desde então reduziu seu investimento em séries de áudio originais.
A empresa se concentrará em uma estrutura mais enxuta que lhe permitirá ser mais estratégica sobre como reinvestir os lucros no negócio, disse Ek. Ele falará sobre os cortes na quarta-feira em uma reunião com os funcionários.
“O crescimento econômico desacelerou drasticamente e o capital se tornou mais caro. O Spotify não é uma exceção a essas realidades”, acrescentou o CEO.