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Dados recentes do indicador ABRAINC-Fipe (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) revelam que a venda de unidades residenciais novas no Brasil atingiu recorde nos 12 meses encerrados em março de 2024. Foram vendidos 177.350 imóveis novos no período, um avanço de 43,1% sobre os 12 meses anteriores.
Segundo o levantamento, o volume ultrapassa a marca atingida em dezembro de 2023, quando o acumulado de 12 meses foi de 163,1 mil unidades – que, até então, era o recorde da série histórica. O indicador é realizado desde 2014 com base em dados de 20 empresas.
De acordo com a análise, o crescimento em valor de vendas foi de 47,4%, com a movimentação de R$ 54,3 bilhões. Já em número de unidades, o segmento do programa MCMV (Minha Casa, Minha Vida) puxou o resultado. Foram vendidas 128.023 unidades econômicas, um incremento de 56,4%. O setor de médio e alto padrão, por sua vez, vendeu 44.953 unidades no mesmo período, uma progressão de 15,2%.
Na visão de Rodrigo Neves Rodrigues, desenvolvedor da Comprar na Planta – startup que ajuda com a busca de imóveis na planta com base em um catálogo com mais de 700 imóveis sinalizados com geolocalização -, a taxa de juros tem desempenhado um papel crucial no aquecimento do mercado imobiliário no Brasil.
“Com a redução das taxas de juros promovida pelo BC (Banco Central), o crédito imobiliário se torna mais acessível para os brasileiros. Isso impulsiona a demanda por imóveis, especialmente por parte das famílias que buscam realizar o sonho da casa própria ou investidores que veem a compra de imóveis como uma alternativa atraente de aplicação financeira”, articula.
Além disso, para Rodrigues, o crescimento da economia e a recuperação do mercado de trabalho também têm contribuído para o aquecimento. “O aumento da confiança do consumidor e a melhoria nas condições econômicas gerais resultam em uma maior disposição das pessoas para investir em imóveis, seja para residir ou para alugar”.
O desenvolvedor da Comprar na Planta destaca que, para muitos, a compra de imóveis na planta tem se mostrado cada dia mais uma opção de investimento: “Como os imóveis na planta estão em fase de construção, é comum que haja uma valorização significativa até a conclusão do projeto”. Ele também observa que o investimento inicial, muitas vezes mais acessível, pode gerar um retorno substancial quando o imóvel está pronto e o mercado já evoluiu. “Além disso, muitos projetos incorporam valorização em etapas, permitindo que o imóvel se valorize à medida que a obra avança e as condições do mercado se tornam mais favoráveis”.
Rodrigues ressalta que, para investidores que planejam alugar imóveis, a compra na planta pode ser uma boa estratégia para garantir uma renda passiva futura. “Com a valorização do imóvel, o valor do aluguel também pode ser ajustado para refletir o mercado atual, maximizando o retorno sobre o investimento”, finaliza.